A amniocentese é um método de diagnóstico invasivo que consiste na recolha e análise das células fetais flutuantes no líquido amniótico. Permite diagnosticar anomalias genéticas, infeções fetais e avaliar a maturidade pulmonar fetal. Saiba como interpretar os resultados da amniocentese genética e da amniocentese da maturidade pulmonar.
Resultados da amniocentese: como interpretar?
Interpretar os resultados da amniocentese genética
No caso da amniocentese genética, os resultados dos testes podem diagnosticar de forma fiável várias doenças genéticas, como a síndrome de Down. No entanto, não é possível detetar todos os possíveis problemas genéticos do bebé.
Se o resultado da amniocentese indicar que o feto tem uma doença cromossómica ou genética que não pode ser tratada, você e o seu companheiro podem ter que enfrentar decisões dolorosas – como a possibilidade de continuar ou não a gravidez.
Interpretar os resultados da amniocentese da maturidade pulmonar
Na amniocentese para avaliação da maturidade pulmonar do bebé, os resultados dos testes podem indicar com segurança se os pulmões estão prontos para o bebé nascer.
No caso de ser necessário antecipar a data do parto, este exame permite confirmar se o bebé tem condições para nascer e quais os cuidados pré-natais que vai exigir.
Quando é considerado o bebé prematuro?
Quando o bebé nasce antes de estar completada as 37 semana de gestação é considerado um bebé prematuro. Os bebés com peso a menos à nascença pesam menos de 2,5 kg e os bebés com um peso muito reduzido pesam menos de 1,5 kg.
De acordo com a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), o limite inferior da viabilidade fetal situa-se na 20ª semana (a meio da gravidez).
O bebé prematuro é biologicamente mais vulnerável do que aquele nascido a termo (com 37 semanas de gestação ou mais), devido à sua imaturidade orgânica. Nos bebés prematuros, o risco para desenvolver certas complicações crónicas como asma, obesidade e atrasos do desenvolvimento é superior.
Quanto mais breve for o período de gestação e quanto mais reduzido o peso à nascença, maior o risco de desenvolver complicações médicas.
Os bebés que nascem mais cedo e com menos de 1,5 kg apresentam maior risco de problemas de desenvolvimento, como atrasos cognitivos, perturbações da linguagem, paralisia cerebral, dificuldades de coordenação e equilíbrio e défices visuais (retinopatia da prematuridade, miopia, estrabismo) e auditivos.
Referências bibliográficas: Artigo Amniocentesis de Mayo Clinic staff – http://www.mayoclinic.com/health/amniocentesis; A Biblia da Gravidez, Anne Deans, Editorial Estampa; Gravidez e Parto, Mary Steen, Civilização Editora; Grávida – Livro de Instruções, Sarah Jordan e David Ufberg, Arte Plural Edições; Fertilidade e Concepção, Zita West, Civilização Editor
